Por Tatyanne Lazier
Quando se é criança o brincar é algo além do prazer, é uma maneira de se comunicar, de aprender e ensinar. O brincar é para a criança sua linguagem. E como se sabe popularmente "tudo para criança é brincadeira".
Assim como o brincar, o dançar é inerente ao ser humano, o homem dança desde os primórdios da civilizações, para se expressar, para adorar. Hoje a dança vai além de uma expressão artística, para se tornar uma expressão da própria vida e cultura humana.
Se dançar e brincar já são natos aos seres humanos, crianças brincam e dançam desde pequenas. A recreação pode se apropriar deste ímpeto para produzir o brincar dançado ou então a dança brincada!
O que venho propor, ou melhor dizendo, expor, é a apropriação do brincar pela dança e da dança pelo brincar. Usando de ambos para divertir e alegrar. Podemos por exemplo utilizar de músicas para animar uma festa infantil, da brincadeira para ensinar um novo passo de ballet.
É dentro desta perspectiva que pretendo abordar neste curto relato. Ao longo dos meus anos como professora de dança infantil, desenvolvi e a aprendi diversas brincadeiras para ensinar novos passos de danças para as crianças. Ao longo dos trabalhos com recreação fiz da dança um instrumento para a diversão.
As brincadeiras aqui propostas são frutos dessas experiências e podem ser reproduzidas dentro do contexto do ensino da dança formal, como fora dela, em festas, escolas, espaços de recreação, hotéis, entre outros.
SUGESTÃO DE BRINCADEIRAS
A BOCA DE JACARÉ
Materiais: giz de quadro negro ou corda
Desenvolvimento: o recreador deve desenhar no chão uma pequena boca de jacaré, as crianças devem fazer uma fila para pular a boca, após todas as crianças pularem, o recreador aumenta o desenho da boca de jacaré, e assim sucessivamente.
Variação: o recreador poderá contar uma história de um jacaré que estava no rio a procura de comida, e assim as crianças deveram falar o nome de diversos animais, as crianças deverão pular a boca do jacaré imitando os animais ditos anteriormente.
CAMPO MINADO
Materiais: giz de quadro de giz ou figuras de bombas e dois bastões de 30 cm.
Desenvolvimento: as crianças deverão passar o campo minado sem tocarem nas bombas, ao mesmo tempo que equilibram dois bastões nas mãos.
Variação: nas aulas de ballet utilizava uma bolinha de gude para as crianças equilibrarem enquanto faziam “petine”, passinhos de formiguinhas. O recreador, em caso de crianças maiores, pode pedir que uma criança fique com os olhos vendados enquanto é conduzida por outra criança.
COMO OS ANIMAIS
Materiais: sem materiais
Desenvolvimento: o recreador deve imitar o som de um animal, no ouvido de uma criança, a qual deve imitar o movimento típico do animal, e fazer o mesmo som do recreador no ouvido de outra criança, e assim as duas juntas deveram imitar os gestos dos animais e fazer o som no ouvido de outras duas crianças, a brincadeira continua até que todos tenham imitado o mesmo animal. Será a vez então do recreador cochichar o som de outro animal no ouvido de uma outra criança.
Variação: o recreador pode utilizar de sons gravados dos animais, pode também transformar a brincadeira em um telefone sem fio corporal.
SOBRE A AUTORA
Mestre em Educação Física (UEM). Especialista em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino (UTFPR). Graduado em Educação Física Licenciatura e Bacharel (UNIGUAÇU). Graduada em Pedagogia (FAPAN). Formada em Ballet Clássico pelo Centro de Danças de Porto União da Vitória. Professor da Rede Estadual do Paraná. Experiência em diversos estilos de Dança. Responsável pelo Clube dos Recreadores.
www.clubedosrecreadores.com.br e www.clubedosrecreadores.com
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